domingo, 27 de março de 2022

GUERRA É RETROCESSO DA CIVILIZAÇÃO

Em 2014, as tropas ucranianas promoveram um massacre contra os separatistas de Donbass (território da Ucrânia que havia votado pela união com a Rússia, por se sentirem cidadãos russos e não ucranianos). A escritora fugiu para não morrer também. A Rússia interveio para reprimir as tropas da Ucrânia, naquela época e agora, para garantir a independência declarada da nação russa de Donbass. Se estão certos ou não, o fato é que essa guerra tem de acabar. Mas acho que o ser humano ainda não aprendeu a ser humano. Todos, incluindo a OTAN, deveriam se desarmar e promover a paz através de concessões mútuas. As reuniões dos líderes não resultam em nada, porque o interesse é manter a rentável indústria bélica funcionando às custas das desgraças dos povos conflitantes. 





OUTRO LADO DO CONFLITO OMITIDO PELA MÍDIA EUA/EUROPEIA

As palavras de Karolina Francov, escritora de Donbass, que mora na Itália.


“Muitos me perguntam por que não publico nada sobre o que está acontecendo na Ucrânia.    Por que não coment o e digo o que penso.
Então eu respondo. Isso não é porque eu me sinto chateada ou assustada e definitivamente não porque eu não tenho coragem de falar. E que não vejo sentido em falar.
Falei muito em 2014, 15, 16… quando a Ucrânia exterminou civis em Donbass às centenas.
De fato, gritei quando a cidade onde minha mãe mora foi bombardeada, quando os pedaços de carne... pernas, braços, cabeças de crianças e velhos foram literalmente espalhados nas calçadas e nos parques. Senti como se estivesse vivendo no inferno quando vi os rostos satisfeitos e sorridentes dos meus "amigos" ucranianos ao ver as fotos dos cadáveres... as de Odessa, aquelas pessoas queimadas vivas. Agora. Agora me sinto emocionalmente anestesiada.
Eu luto para ser empática. Fico constrangida quando os amigos me falam do choque e do medo que sentem, porque não sinto mais nada. Por 8 longos anos minha mãe ouviu os tiros, uivos de bombas e as notícias dos novos mortos. As pessoas do Donbass estão acostumadas com isso. Tudo isso se tornou uma rotina diária.
Alguém orou por eles? Alguém de vocês? Ou talvez o presidente americano? Ou Europa?
Você sabe o que o povo de Lugansk está dizendo? Eu lhes digo: Deus abençoe Vladimir Putin e a Rússia. A operação de desmilitarização da Ucrânia finalmente começou!
De minha parte, só posso desejar e esperar que ninguém na Ucrânia veja seus filhos em caixões ou vivendo com cotos e próteses! A única coisa pela qual eu rezo!"
Karolina Francov
Escritora 

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