terça-feira, 18 de dezembro de 2018

PENSAR PRESIDENTE, PENSAR!...

Gostei da Austrália que reconheceu Jerusalém Ocidental como capital de Israel. E reconhecerá Jerusalém Oriental como capital do Estado Palestino. Está de acordo com os termos de criação de Israel, pela ONU, em 1948. Um exemplo para o Bolsonaro: seguir o direito internacional, principalmente no Oriente Médio, respeitando a posição histórica do Brasil. Nada de guinada cega para seguir o Trump, disseminando um conceito de nação inconfiável. Será dar razão a De Gaulle que nos rotulou de "povo que não é sério". Trump não mudou posição. Nós, sim, estaremos mudando e, além da má fama, teremos enormes prejuízos no comércio com países do Oriente Médio; acho que será, também, a implosão do BRICS. O presidente de Israel quer um encontro para "cantar" o Bolsonaro antes da posse, deu nos jornais de hoje, 18/12/18. Se fosse ele, diria que iria seguir a Austrália em respeito às leis internacionais.Aliança em outros pontos haverá, sem dúvida, mas esse aí é muito sensível, mundialmente falando. Porém mudar assim, numa guinada de 180º, acho que teria de haver a apreciação pelo Congresso, e, talvez, um referendo popular, porque ele não falou isso durante as eleições, salvo engano, apenas no clube Hebraica, do Rio de Janeiro. Os sintomas existiram a partir da aliança com os evangélicos e o Trump, pois ambos apoiam os sionistas que defendem o bíblico Grande Israel, conquistado pela guerra de 1967, em clara violação à Carta da ONU, que proibia a guerra de conquista. Com o auxílio dos EUA, cujos radares anularam os radares russos nos aeroportos árabes, a aviação destes foi completamente destruída em uma só noite e, por isso, tomaram as terras dos árabes. Desde então os sionistas se recusam a retornar às fronteiras anteriores à guerra, conforme a Res. 242, da ONU. Lamentável que o Brasil se alinhe ao descumprimento ostensivo e desafiador, de Israel-EUA, do Direito Internacional. Na realidade, depois da nomeação da Ministra evangélica, ficou parecendo que sairemos de um Estado Laico para um Estado Religioso, submisso a interesses que nunca foram nossos. Um enorme retrocesso histórico!