sábado, 7 de setembro de 2019

PREOCUPAÇÕES


O Presidente pediu apoio dos Evangélicos, ontem, 07/09/19.
É muito preocupante esta aliança dos radicais direitistas com religiosos. O fanatismo conservador religioso pode degenerar o Brasil, virando uma ditadura teocrática no poder. É uma regressão em nossa civilização, que poderá fazer acontecer muita coisa ruim no Brasil. Torço para que este avanço da TFP e os palpites que ele tem dado sobre assuntos internos de países vizinhos não causem conflitos sangrentos.
Ontem, aqui no Rio, o Tribunal de Justiça permitiu liminarmente o confisco de livros na Bienal, tipo gibis com estorinhas de gays se beijando, atendendo pedido do prefeito evangélico. Estamos virando um país teocrático? A Justiça a favor da censura? Socorro! Opa, hoje, dia 08, felizmente o STF cassou a liminar da censura. Mas o estrago já foi feito. Integrantes do Judiciário lembram o samba do compositor doido. Um defere baseado na Constituição. O outro indefere baseado nos seus conceitos ideológicos. O terceiro defere baseado na Constituição. Poderia ser ao contrário, também. Mas julgar sem imparcialidade, segundo convicções ideológicas é caso típico de punição que deveria ser previsto na lei de abuso de autoridade.E o prefeito diz que irá recorrer, ou seja, ele não desiste de querer impor seus conceitos religiosos à sociedade. Governa para os evangélicos e, paradoxalmente, parece que ele  e os seus séquitos não estão nem aí para o assombroso aumento de mendigos e camelôs nas principais avenidas e ruas do Rio. Se eu fosse turista esta cidade estaria fora de roteiro. Uma vergonha para o Rio. E fica se preocupando em preservar valores retrógrados. Esse tipo de censura irá causar um bruta prejuízo ao turismo.    

quinta-feira, 13 de junho de 2019

ACUSAÇÃO LEVIANA E PERIGOSA

Hoje leio que os EUA acusaram o Irã de ter acertado dois navios tanques, que transportavam petróleo e seus derivados. Penso que a acusação não se manterá, pois não há provas. Além do mais, a acusação está eivada de um raciocínio que confere menoscabo aos iranianos,  pois eles teriam de ser muito burros para destruir navios carregados de produtos seus, vendidos a outros países. Segurança alí, no Golfo, é vital para a economia deles. Por coincidência, dois navios de nações atualmente pacificadoras: Noruega e Japão, foram atingidos...Aviso para os pacifistas? Pode ser. A Noruega está tentando evitar a guerra na Venezuela. No dia do ataque, o primeiro-ministro do Japão estava em Teerã, tentando intermediar uma solução para evitar a guerra, esta que os iranianos nem de longe desejam. Até porque, há o firme propósito da Rússia e da China em defender seus interesses e contratos com o Irã. Concluo, como já o fiz em uma das opiniões anteriores, que o interesse dos EUA é atacar o Irã, usando Israel, para controlar a produção de petróleo e ganhar a hegemonia no Oriente Médio. A dupla agora foi reforçada pela Arábia Saudita et caverna, que estão em disputa com o Irã. E, mais, todos têm tecnologia para acertar navios-tanques que são lentos. Dizer que foi o Irã, é querer enganar o Planeta, como fizeram no Iraque, dizendo que o arrasado país estava produzindo bombas de destruição em massa.

sábado, 8 de junho de 2019

INVOLUÇÃO NA EDUCAÇÃO

Um bom setor da sociedade desejaria que o Bolsonaro saísse, não por causa dele supostamente não compactuar com os corruptos (não tão verdade, pois há corrupto que foi defenestrado pelo Congresso e está na Casa Civil - globo de 08 de junho), mas por causa das medidas inconstitucionais, como cortes nas universidades, desprezo pela preservação do meio ambiente em favor do agronegócio, liberação de aquisição de armamentos, retiradas de radares, tratamento diferenciado a corporações etc.

Sobre a educação, o que a América de Bannon e o seu idiota útil Olavo desejam é um Brasil com mão de obra capaz de entender o uso de seus produtos, apenas! Eles não querem  que nossos engenheiros elaborem e evoluam tecnicamente. 

Nas décadas de 60/70 fingiram que sim, para os militares, e celebraram acordo de transferência de tecnologia etc.  Vivenciei a mentira, em contato com os engenheiros de lá. A premissa deles sempre foi de que  o investimento em pesquisa científica não era prioritário para nós, pois estudo, elaboração e projeto é o que eles já faziam e continuariam a fazer.

Não pensem que ensinarão os segredos dos satélites e foguetes aos nosso engenheiros em Alcântara, no acordo que o Presidente está tentando celebrar com os americanos (o primeiro foi celebrado com o Fernando Henrique, mas o Congresso o rejeitou). Parece que tanto exigiram, que o Brasil cancelou seu contrato com a Ucrânia. Até hoje, acho que foram eles que explodiram nossos equipamentos, matando nossos melhores engenheiros naquela base, há anos atrás, até porque o Wikileaks publicou troca de mensagens entre autoridades brasileiras, americanas e ucranianas, que clarificou o empenho americano em proibir a transferência da tecnologia ucraniana para o Brasil. Então o motivo poderia ter sido este, como aviso. 

Lamentavelmente, nossos empresários sempre foram cegos para o futuro, pois sempre objetivaram apenas o lucro imediato. Enquanto eles desenvolviam o automóvel ainda se abria ruas para carroças em nossas cidades. A dominação, não só deles como também de países europeus, tinha e tem este objetivo: causar uma dependência material, tecnológica e intelectual, em todos os setores das ciências. Termina por causar uma dependência e submissão financeira, em consequência. 

Exemplo dessa dominação são os chips, os computadores, os programas operacionais, os aplicativos, os satélites etc, etc. Tudo desenvolvido por eles com investimento em estudo e pesquisa. Como o governo só veio a investir nisso alguns anos atrás, ainda não progredimos o suficiente e continuamos à mercê deles, que estão a uma centena de anos à nossa frente, pelo menos em tecnologia da informática.

Cortar verbas para as Universidades é uma medida involutiva. Eu apoiaria o governo, se ele interviesse para endurecer as exigências curriculares, fiscalizando rigorosamente a formação no ensino superior, exigindo estágio dos estudantes de engenharia nas indústrias, como exemplo, com rigoroso critério de avaliação. Assim, se existir bagunça bastaria acabar com ela. E para fiscalizar, com os recursos eletrônicos de hoje, não haveria necessidade de contratar fiscais...

Fiz duas Faculdades, uma pública e outra privada, e posso dizer que não  vi ninguém sair delas bem formado; no máximo razoavelmente informado, apenas!

Exigir mais empenho e mais eficiência, sim, mas impedir ou dificultar o aprendizado, seja lá do que for, nunca! A medida não pode ser defendida como boa para o país. Para os robôs olavistas eu grito, parodiando o humorista: acorda macacada!...

domingo, 19 de maio de 2019

O TOMA LÁ DÁ CÁ

O toma lá dá cá é da natureza humana, nos negócios privados. Mas quando se trata de investimentos públicos, ou o Agente Público pede, ou o investidor oferece dinheiro; em ambos os casos os dois saem ganhando e o povo é que arca com o prejuízo dos sobrepreços nos contratos e das propinas. Lá fora sempre existiu; tem filme falando da corrupção de Cardeais da Igreja, na Idade Média, para votarem num dos candidatos a Papa. A diferença entre lá e aqui é a quantidade de políticos com esta cultura; eles querem o poder para comandar os parceiros que colocam nos Órgãos que tratam de investimentos e obras, o filet mignon das propinas. E no Congresso vendem votos em projetos de interesse do governo. Lá fora o político é expulso da política, ou executado, ou suicida ou pede para sair. Ontem, dia 18, o governo da Áustria renunciou porque o vice-presidente (partido do presidente) foi acusado de corrupção passiva. Aqui assistimos a validação de um indulto concedido por um presidente investigado por fortes indícios de corrupção, que indultou supostos parceiros condenados. Acho que está faltando vergonha na cara!

Como moralizar com essa cultura inculcada na cabeça dos parlamentares? Se for para valer a intenção de moralizar, então proponho a instituição de um vestibular moral, para candidatos a que cargo for, tendo o seguinte critério para aprovação: comprovação de probidade com as cinco últimas declarações de imposto de renda e comprovação do bom conceito em seu meio profissional e social, além da capacidade técnica para ocupar o cargo pretendido.Probidade, caráter e vontade de servir à sociedade são qualidades fundamentais nos cidadãos que ocuparem cargos na Administração Pública, aí incluindo os Três Poderes da República. Assim, acho que haveria esperança para nossa evolução como sociedade democrática. No momento não parece que possa haver conciliação entre posições austeras e a democracia brasileira. A maioria dos parlamentares parece não querer a moralização.e o governo está numa sinuca de bico, neste ponto. Acho que terá de trair, ou satisfazer a intenção do voto de seus eleitores na marra...A traição será o caminho pacífico, e tudo continuará a ser como d'antes, ou seja, o toma lá dá cá, mitigando o suposto idealismo.

UTOPIA

Fizeram a reforma trabalhista em 2017, dizendo que seria fundamental para o aumento do emprego. O desemprego aumentou.Agora é a previdenciária. Também não haverá retomada do crescimento por ela. A economia ocorrerá somente a longo prazo. Os alvos e beneficiários das reformas são as empresas, que pagarão contribuições previdenciárias e indenizações trabalhistas  reduzidas.

Resta saber se os débitos das sonegadoras, tais como os descortinados pela Operação Zelotes serão cobrados. Se haverá diminuição da parcela da Receita, atualmente destinada ao pagamento dos juros da dívida pública: não pode ser de 50%! No máximo, deveria ser de 30%. Aí tudo melhoraria para o Brasil, pois não é possível a sustentação dos gastos, ainda que somente dos necessários, apenas com a metade da arrecadação, como tem sido feito de há muito e jogado as contas no vermelho! 

É sabido da jurisprudência que o abatimento mensal de uma dívida não pode passar de 30% dos rendimentos da pessoa física. Analogamente, também teria de ser para pessoas jurídicas, como o são a União, Estados e Municípios,  pois seus rendimentos são as respectivas arrecadações. O buraco da Previdência é em grande parte devido ao desvio, pelo governo, das contribuições sociais (pagas pelas empresas não sonegadoras)  para pagamento dos juros da dívida pública; mas isso ninguém fala, porque se fazia também nos governos anteriores, principalmente no tempo dos petistas, que, dirigidos pelo banqueiro Meirelles, celebraram acordo com o FMI em 2003, para tirar o Brasil do buraco. 

É preciso que haja uma renegociação dos contratos que previram esse pagamento mensal de juros e discutir a questão do cálculo dos juros. Lembro-me do Nelson Barbosa, que substituiu o Mantega, foi o único Ministro das Finanças que revelou a causa da excessividade da dívida pública. Ele contou à imprensa que os Estados estavam pleiteando diminuir suas dívidas com a União, recalculando-as com juros simples, mas que ele não concordara, pois as dívidas da União eram calculadas com juros compostos; daí que se tivesse concordado teria dado um brutal prejuízo para a União.  

Lembro-me, também,  que o Ciro foi o único que disse durante a campanha presidencial que iria tratar de reduzir os 50%. Claro que seria a melhor solução, pois reduziria em muito o deficit orçamentário. Pena que a mídia comprometida não alardeou e nem se interessou em discutir. Assim o povo não pôde conhecer e entender. O Ciro foi abandonado, estrategicamente, pelos petistas. Dilma caiu porque não pagou a parcela dos juros aos credores, em dezembro de 2014. Ciro não cresceu porque ameaçou interesses dos credores. 

Então, a minha opinião seria para o Brasil renegociar os contratos com os credores mutuantes, cobrar dos sonegadores contumazes com dureza, estabelecer um teto previdenciário, inclusive de  complementação previdenciária patrocinada pelo governo, proibir o desvio do fundo previdenciário para pagamento de juros da dívida pública, renegociar as parcelas mensais dos contratos e, em paralelo, o Congresso discutir e votar a Lei Complementar para instituir o  Imposto sobre Grandes Fortunas, que está previsto na Constituição. Sobre o IGF, o chato é que os bilionários logo retirarão suas fortunas do Brasil, como chegaram a fazer na França, e Sarkozy (ex-presidente que apenas falara em instituí-lo) teve de voltar atrás (jogo de cena para os "achatados" aposentados franceses), pois os bilionários de lá ameaçaram com uma fuga de capitais para a Bélgica. Mas há solução para impedir as transferências. Basta querer!


Mas acho que são propostas utópicas, pois os nossos gestores não são valentes! E é o que mais precisaríamos. Homens decididos, contando com o respaldo de um povo previamente esclarecido. Haveria muito trabalho pela frente, mas seria preciso que o povo se interessasse mais pela Administração do país, ao invés de se dedicar quase que somente ao lazer (futebol, praia, carnaval etc). Do contrário teremos sempre de dar razão a Pelé, sobre o que disse quando retornou da Copa de 70.

domingo, 10 de março de 2019

MENTIRAS BELICOSAS



Cada vez mentem mais. A Colômbia sabia que foram ativistas opositores que atearam fogo, embora acidentalmente, nos caminhões de ajuda barrados na fronteira pelo exército venezuelano. E, tanto sabia, que não entregou à imprensa os 13min de gravação anterior ao incêndio, em que mostra um opositor de Maduro jogando um coquetel Molotov. Mas, mesmo assim, acusou o governo de Maduro, falsamente, inclusive os robôs do Trump, Pence, Guaidó etc. Eu não apoio o Maduro na Presidência, na forma que assumiu o cargo, porque se havia acusação de ilegalidade, ele deveria ter chamado os Órgãos Internacionais e promovido outras eleições, com efetiva fiscalização internacional. Agora houve o apagão na Venezuela.Possivelmente a Colômbia será acusada de estar por trás de eventual sabotagem. Pô, é um jogo sujo, duro de aceitar! A mentira da Colômbia e dos EUA foi do tamanho da mentira que o Bush (ex-presidente) usou, no caso das "armas de destruição em massa", para destruir o então Estado  do Iraque.
Parece impossível o aperfeiçoamento da democracia, com um abraço da ética na política e na gestão da coisa pública. Este tipo de comportamento, um presidente acusando o outro, jogando uma população contra outra, supostamente sabotando serviços essenciais, prova que a politicagem permite mentir, nos fazer de bobos, para alcançarem os seus objetivos de ganhar o poder. Parece que o Maduro aceitou a mediação Papal, mas o líder da oposição e da revolta rejeitou, entendendo que não adiantaria, ou seja, sua posição belicista é inflexível. Aqui, internamente, o Mourão está "salvando a lavoura", substituindo as intenções bélicas do guru Olavo nas reuniões da cúpula latino-americana, dando uma chance à paz, como cantou John Lennon. Receio que armamentos para o nosso exército, dentre outras condições, possam ser o preço para nos meter numa guerra contra a Venezuela, que, por agora, está descartada, mas tudo dependerá das negociações do Bolsonaro com o Trump, na semana que vem.

sábado, 9 de março de 2019

SALVE O BOM SENSO DOS MODERADOS

Hoje deu nos jornais que, no governo, está havendo uma luta pela preponderância de ideias menos radicais. Ainda bem que os militares estão contra tais ideias do mentor Olavo de Carvalho, que fica inculcando, na cabeça de seus discípulos, ideias extremistas beligerantes. Se deixar o robô Araújo solto, podemos nos meter numa guerra contra a Venezuela, o que seria um desastre econômico. Ainda bem que o vice Mourão está lá, para conter o radicalismo. Mudar a embaixada para Jerusalém, bem como cancelar a aceitação do Acordo do Meio Ambiente, é ir contra quase todos os países da ONU. São violações da situação jurídica assumida pelo Brasil anteriormente, uma tremenda violação do compromisso tradicional do Brasil, de respeitar as normas, resoluções, tratados etc, que integram o Direito Internacional votado pela ONU. Esse negócio de religiões se unirem (judeus e evangélicos) para tirar proveito político deveria ser repudiado pela sociedade. Decisões que impliquem tantas consequências desfavoráveis ao Brasil, tanto na economia como no campo político, deveriam se submeter a um referendo ou mesmo um plebiscito.

sábado, 9 de fevereiro de 2019

A COBIÇADA VENEZUELA

Muito maior do que o medo do socialismo, é o medo de continuar a não mandar na Venezuela, como os americanos não estão desde o início da era chavista-bolivariana. Claro que os americanos querem o controle do petróleo e de outras riquezas minerais daquele solo rico e cobiçado e, para tanto, estão promovendo uma série de bloqueios econômicos, acarretando as dificuldades atuais para aquele povo sofrido, como se não bastasse o prejuízo que o país amargou, durante o longo período do preço baixo do petróleo. A turma da oposição, que é da linha entreguista, está sendo usada para aquela finalidade e está seguindo uma linha política confrontante, fazendo transparecer o seu desejo de tomar o poder pela força. Hoje mesmo, o líder da oposição, o inusitado presidente à la Barcelona, não descartou o seu uso, logicamente contando com os exércitos fronteiriços ajudando e/ou a rebelião das forças armadas venezuelanas. Fica difícil prever uma conciliação num cenário de intransigência de ambos os lados e fácil de prever uma matança em larga escala. Temos de torcer para que prevaleça o bom senso, e que o Brasil não se afunde numa guerra instigada por interesses econômicos de outros países.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

DÍVIDA PÚBLICA IMPAGÁVEL


Deu no Globo de ontem, 13/01/19, que o governo estuda cortar 266 bilhões de reais em quatro anos e que, para conter o rombo atual, servidores e salário mínimo ficariam sem reajuste acima da inflação até 2022. Medidas que visam a reverter a escalada da dívida pública, que disparou 25 pontos percentuais em relação ao PIB em apenas cinco anos.O Chicago Boy brasileiro, atual Ministro Paulo Guedes, estuda outras medidas para economizar, mas tomando sempre como paradigma o mesmo plano do FMI, o badalado Ajuste Fiscal apresentado pelo seu agente Levy, no governo Dilma, que sacrifica uma enorme parcela da população, mas que fora rejeitado pelo executivo e legislativo da época. Tais medidas são parecidas, senão as mesmas que têm causado furor nos países europeus, tais como França, Hungria, Grécia, Itália etc, e que provavelmente aqui também causarão. Nenhum dos chamados economistas liberais falam em promover o Ajuste da Dívida, simplesmente porque, fundamentalmente, não aceitam o seu recálculo usando juros simples, ao invés dos juros compostos. Estes, que são o motivo principal da disparidade entre o crescimento da dívida e o crescimento do PIB, nunca foram contestados pelos países endividados, que os aceitam como se fosse uma cláusula pétrea dos contratos celebrados com os financistas (Bancos que emprestam, conforme contratos de adesão) .  E não contestam com receio de não serem mais financiados. O único, até hoje, que contestou,  foi o Nestor Kitchner, em 2001, da Argentina, e conseguiu uma baita redução, pois deve ter percebido que era aí é que residia o desequilíbrio fiscal.  Se a produção é financiada, mas o preço do produto final que o industrial fabrica não consegue acompanhar o crescimento de suas dívidas, calculadas com a confiscante e inteligenteTabela Price (juros sobre juros, ou anatocismo, ou usura) então a equação não se equilibra e haverá sempre o crescimento da dívida dos empresários desproporcionalmente aos insuficientes preços finais, que nem sempre podem ser aumentados para manter o seu consumo. Assim também ocorre com a dívida do governo. E, no balanço geral, constata-se essa aberração, do crescimento da dívida ser superior ao PIB. Então, se não houver um recálculo da dívida, vivenciaremos sempre o empobrecimento da população às custas dos ganhos sem causa dos banqueiros. Daí que os vejo como os  inimigos principais do povo. Não se trata de esquerda ou direita. Sempre haverá desequilíbrio com este sistema usurpador. No início do governo do Lula, em 2003, eu achei que ele faria o mesmo que a Argentina fez. Mas não fez! E, pior, se aliou a eles. Tanto que os Bancos em seu governo, obtiveram uma lucratividade nunca d’antes vista neste país. Daí que, este fato aliado à falta de projetos contra a corrupção e sua aliança a ela no episódio do mensalão fizeram-me perder as esperanças de consertar o Brasil, tanto na economia quanto na honestidade e sinceridade de propósitos dos políticos.
E agora a coisa piorou, pois além de nada estar previsto para fazer o Ajuste da Dívida,  nada também está sendo projetado para fazer os ricos contribuírem mais, para resolver o problema da saúde, da educação e da habitação, assim aliviando o gasto orçamentário para estes setores fundamentais ao desenvolvimento do país. O imposto sobre as grandes fortunas, previsto na Constituição, depende apenas de lei complementar, na qual poderia ser exigido o pagamento de, pelo menos, 5% sobre fortunas acima de 50 milhões de reais. Esse imposto teria de ser visto como uma devolução ao povo, pois as fortunas foram feitas aqui, com o suor dele, mas os ricos mandam a maior parte para o exterior. Os computadores dos bancos sabem quem são. Então, seria só questão de vontade política. Mas não vejo nenhuma intenção neste sentido. Se o Lulismo não o fez, não será o Bolsonarismo a fazê-lo! E la nave va...