segunda-feira, 26 de junho de 2023

RADICALIZAR A DEMOCRACIA

Hoje, 26/06/23, a respeito do artigo da Dilma, no qual ela disse que será preciso radicalizar a democracia, eu comentei na fsp, no curto espaço que ela disponibiliza:

"Sim, radicalizar a democracia! Tem de haver uma punição para essa imposição de barganha de verbas por votos. O governo tem de ceder à chantagem e isto é claramente antidemocrático e inconstitucional. Fechar o Congresso e convocar eleições parlamentares (proibidos os investigados e processados) com comprovação, pelos candidatos, de probidade e conhecimento do funcionamento da máquina pública. Isso é que poderia iniciar o conserto dessa grande empresa Brasil."

Acho que isso deveria ocorrer, porém é mais uma utopia que esperamos da política. Ela mesma poderia tê-lo feito, mas preferiu se curvar à realidade para, obviamente, evitar eventuais conflitos sangrentos.

domingo, 4 de junho de 2023

INCOERÊNCIA DOS AMERICANISTAS

O povo de Donesk, região da Ucrânia, luta para se separar da Ucrânia, para ser independente e aliado do liberalismo russo. Eles são russos e querem tomar a sua região da Ucrânia, com ajuda dos russos. Os taiwaneses são chineses que tomaram a ilha da China, com a ajuda dos americanos. Querem ser independentes e aliados do liberalismo americano-europeu. Observo que a mídia e os americanistas tratam diferente um e outro caso. Na Ucrânia os americanistas rejeitam a independência dos separatistas russos, mas em Taiwan apoiam a independência dos separatistas chineses. Lá condenam a invasão socorrista russa. Aqui apoiam a invasão socorrista americana.

DÍVIDA PÚBLICA IMPAGÁVEL

 O episódio das Americanas me lembrou do filme de Michael Moore. E, pela quarta vez, vi o melhor documentário de todos os tempos. CAPITALISMO, UMA HISTÓRIA DE AMOR. É a narrativa de como americanos perderam suas casas (de gerações das famílias) para os bancos, que depois promoveram a sua valorização e obtiveram lucros incalculáveis. Apesar de trágica, a narrativa fica cômica pelo trato irônico dos fatos e as ironias estampadas na face do fantástico cineasta. Recomendo para todos que queiram entender a crise de 2008 nos EUA e suas danosas consequências às finanças americanas e do resto dos países devedores mundo afora. A recessão se espalhou como um tsunami e, na minha opinião, nós e muitos países, até hoje, estamos encalacrados como reflexo daquele roubo histórico do povo americano. Os juros das dívidas e de novos financiamentos subiram ainda mais e estamos pagando, desde aquela época, o rombo de 900 bilhões de dólares que o governo americano liberou para socorrer os grandes que quebraram. Mas os lucros ilícitos e imorais, incalculáveis, dos banqueiros foram para os cofres dos seus donos e nunca devolvidos. No filme, percebe-se a inutilidade do Congresso frente ao poder do capital no governo. Os povos de lá, daqui e dos países devedores sairam perdendo muito, e todos somos regidos pela batuta do FMI, com os ajustes fiscais (França, Grécia, Espanha, Itália etc). Como todos sabem, temos vivido apenas com a metade da arrecadação da União (dizem que está em menos da metade), pois a outra metade vai para pagar amortizações e juros aos credores da dívida pública, que nunca diminui, só aumenta. Por isso, não há solução a curto prazo, mesmo com o espreme espreme promovido pelo arcabouço fiscal. Espero que não, mas continuamos à beira do abismo e o governo que se prepare para enfrentar manifestações de inconformismo.

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