sábado, 11 de janeiro de 2020

O JOGO DA GUERRA

Toda essa briga, dos EUA com o Irã, decorre da pretensão do Ocidente de ter o controle total do fluxo e do preço petróleo, no Oriente Médio, e da pretensão americana de garantir a segurança de Israel, seu senhor. De vez em quando, um ataque aqui e outro ali costuma acirrar os ânimos, principalmente quando há morte de algum líder, ou muitas mortes, gerando comoção e mais danos à economia do Irã, que já sofre os atuais embargos do Ocidente. Danos até mesmo para os não envolvidos, com o aumento do preço do petróleo e inflação geral. A derrubada do avião ucraniano, por um projétil iraniano, foi um episódio anômalo. O governo do Irã pareceu sincero ao dizer que teria sido um problema mecânico, ou uma bomba no interior do avião. Deu com os burros n'água... Deve ter sido uma sabotagem aos interesses iranianos, dentro das forças armadas, pois seria uma demonstração de burrice muito grande do governo iraniano, derrubar propositalmente, um avião estrangeiro, dentro de seu território! Até porque é notoriamente sabido que governo americano refere-se aos governos sírios e persas como terroristas, porque são os únicos empecilhos à sua conquista. Cristalino que uma estúpida ordem de derrubar um avião de passageiros seria uma prova ao mundo do que os americanos afirmam. Será que isso interessaria a pessoas inteligentes, como sempre foram os persas? Claro que não! Seria uma declaração de guerra, por quem não tem armamento suficiente para se defender contra um ataque de Israel e EUA. Parece mesmo que houve alguma ação inimiga secreta na sala de lançamento do projétil, seja lá míssel ou similar. Há indícios de que alguém sabia do lançamento e agiu para acusar o Irã; afinal por que o autor do vídeo, que mostrou a explosão do avião, estava filmando o céu naquela direção?  Os EUA expressaram publicamente sua intenção de tomar Irã e a Síria ao inserí-los no eixo do mal (guerra contra os terroristas), logo após o atentado ao WTC, em 2001; sucederam-se guerras sangrentas naquela região. Não fosse a Rússia, a China e o bom senso da maioria europeia, tanto a Síria, como o Irã já teriam governos títeres, como os da Líbia e do Iraque.Daí que os interesses russos e chineses na região diminui o risco de uma guerra pelo poder do controle do gás (recém descoberto no Irã) e do petróleo. Todos querendo proteger suas economias, com soberania e contra a dominação do outro e, por isso, paira no ar a ameaça latente de cada um. O Irã, a Rússia e a China apelam para a obediência às leis internacionais, para evitar a guerra bestial. Mas os EUA e Israel não respeitam muito essas leis, e tampouco a ONU. Daí que o cenário de tensão e atrito deverá continuar a ser um termômetro da cotação de títulos (bolsa de valores e de mercadorias), dos juros e do câmbio, no jogo de apostas na bestialidade da guerra.🙁