sexta-feira, 28 de abril de 2023

PARECE UMA AMEAÇA DOS BANQUEIROS

 

Armínio Fraga, em 28/04/2023, criticou o arcabouço fiscal do governo Lula, dizendo que a aritmética não fecha. Ele tem razão, embora a causa de não fechar, ele tenha omitido, como sempre fazem os porta-vozes dos banqueiros. Mas ele sabe que a aritmética q não fecha é a aplicação de juros compostos nas dívidas, fazendo-a parecer uma bola de neve. Isso motiva os produtores a aumentar os preços p/ pagar os juros aos credores banqueiros e rentistas privados. A equação não fecha e está sempre alimentando a inflação. Esse é o câncer da economia, que precisa de ser curado, c/ juros simples. E se alguém quiser consertar o Brasil, terá de fazer o ajuste na dívida pública, também, senão não teremos solução. O tal ajuste fiscal sempre é em cima dos 50% da receita que nos restou, para custear a Administração e Três+MP Poderes da União. A outra metade vai para os banqueiros credores, a título de amortização e juros (mas a dívida nunca diminui, só aumenta). Armínio sempre defendeu o pagamento dessa forma aos banqueiros, inclusive como diretor do banco central, no governo do Fernando Henrique; deixou as finanças do Brasil no buraco (nunca o considerei um bom brasileiro). Os juros compostos, ou anatocismo, ou capitalização dos juros etc, têm natureza jurídica de usura e, por isso, deveriam ser proibidos pela ONU. Um governo que decidisse atacar essa principal causa da miséria no planeta, teria de começar exigindo o debate na Assembleia das Nações Unidas. 





domingo, 2 de abril de 2023

PERSPECTIVAS SOMBRIAS

A colunista Dorrit Harazim transcreveu um pensamento muito aplicável à nossa economia, como também às economias dos países endividados e submissos ao FMI (órgão fiscal dos credores que controla as dívidas desses países). Aqui vai: "nem tudo o que encaramos pode ser mudado, mas nada pode ser mudado até que seja encarado". Assim é a questão dos juros compostos, ou anatocismo, ou usura. Enquanto a questão não for objeto de uma proposição na ONU, para proibí-los e fixar como juros simples a remuneração dos financiamentos, os financistas, ou rentistas, continuarão a impor regras às economias de todos os países que deles necessitarem. A recessão no Brasil iniciou-se por volta de 2010, quando a "marolinha" do Lula mostrou-se na realidade ser um tsunami e nós começamos a regredir, chegando o ápice no governo Dilma, continuou nos governos Temer e Bolsonaro e, agora no governo Lula. Este está tentando reverter essa situação, porém pouca chance existe, pois insiste em não mexer na ferida dos juros compostos, pois tem medo de não conseguir com os "reis da terra" novos financiamentos. Por isso, a metade da arrecadação da Receita Federal continua destinada a pagar amortização e juros da dívida, que continua a crescer cada vez mais. E é com a outra metade que se discute o malabarismo orçamentário, que pode dar certo ou não. Se não der, iremos mesmo para o abismo da recessão (irá faltar muita coisa que hoje a classe média ainda pode adquirir). Só como perspectiva, estamos no outono que é o mês das frutas, mas os produtores delas estão cada dia mais aumentando seus preços. E os demais também estão se precavendo com remarcações e malandragens, como reduzir o peso das embalagens para manter os preços das que eram maiores. Continuo achando que falta coragem para enfrentar as imposições dos credores. Urge que algum país lidere a contestação dos juros, pois se não houver contestação nunca haverá mudanças no quadro de recessão mundial. Toda a contestação do povo na França é uma consequência desse quadro de submissão. A situação tende a se agravar, com nova bancarrota de bancos nos EUA (que cada vez mais se desesperam com o avanço econômico da China) e estão fazendo da guerra na Ucrânia uma provocação para a guerra nuclear, o que tem causado mais queda nas Bolsas de valores e aumento de preços nas Bolsas de mercadorias. O que vem por aí, SóDeusSabe!