quinta-feira, 13 de junho de 2019

ACUSAÇÃO LEVIANA E PERIGOSA

Hoje leio que os EUA acusaram o Irã de ter acertado dois navios tanques, que transportavam petróleo e seus derivados. Penso que a acusação não se manterá, pois não há provas. Além do mais, a acusação está eivada de um raciocínio que confere menoscabo aos iranianos,  pois eles teriam de ser muito burros para destruir navios carregados de produtos seus, vendidos a outros países. Segurança alí, no Golfo, é vital para a economia deles. Por coincidência, dois navios de nações atualmente pacificadoras: Noruega e Japão, foram atingidos...Aviso para os pacifistas? Pode ser. A Noruega está tentando evitar a guerra na Venezuela. No dia do ataque, o primeiro-ministro do Japão estava em Teerã, tentando intermediar uma solução para evitar a guerra, esta que os iranianos nem de longe desejam. Até porque, há o firme propósito da Rússia e da China em defender seus interesses e contratos com o Irã. Concluo, como já o fiz em uma das opiniões anteriores, que o interesse dos EUA é atacar o Irã, usando Israel, para controlar a produção de petróleo e ganhar a hegemonia no Oriente Médio. A dupla agora foi reforçada pela Arábia Saudita et caverna, que estão em disputa com o Irã. E, mais, todos têm tecnologia para acertar navios-tanques que são lentos. Dizer que foi o Irã, é querer enganar o Planeta, como fizeram no Iraque, dizendo que o arrasado país estava produzindo bombas de destruição em massa.

sábado, 8 de junho de 2019

INVOLUÇÃO NA EDUCAÇÃO

Um bom setor da sociedade desejaria que o Bolsonaro saísse, não por causa dele supostamente não compactuar com os corruptos (não tão verdade, pois há corrupto que foi defenestrado pelo Congresso e está na Casa Civil - globo de 08 de junho), mas por causa das medidas inconstitucionais, como cortes nas universidades, desprezo pela preservação do meio ambiente em favor do agronegócio, liberação de aquisição de armamentos, retiradas de radares, tratamento diferenciado a corporações etc.

Sobre a educação, o que a América de Bannon e o seu idiota útil Olavo desejam é um Brasil com mão de obra capaz de entender o uso de seus produtos, apenas! Eles não querem  que nossos engenheiros elaborem e evoluam tecnicamente. 

Nas décadas de 60/70 fingiram que sim, para os militares, e celebraram acordo de transferência de tecnologia etc.  Vivenciei a mentira, em contato com os engenheiros de lá. A premissa deles sempre foi de que  o investimento em pesquisa científica não era prioritário para nós, pois estudo, elaboração e projeto é o que eles já faziam e continuariam a fazer.

Não pensem que ensinarão os segredos dos satélites e foguetes aos nosso engenheiros em Alcântara, no acordo que o Presidente está tentando celebrar com os americanos (o primeiro foi celebrado com o Fernando Henrique, mas o Congresso o rejeitou). Parece que tanto exigiram, que o Brasil cancelou seu contrato com a Ucrânia. Até hoje, acho que foram eles que explodiram nossos equipamentos, matando nossos melhores engenheiros naquela base, há anos atrás, até porque o Wikileaks publicou troca de mensagens entre autoridades brasileiras, americanas e ucranianas, que clarificou o empenho americano em proibir a transferência da tecnologia ucraniana para o Brasil. Então o motivo poderia ter sido este, como aviso. 

Lamentavelmente, nossos empresários sempre foram cegos para o futuro, pois sempre objetivaram apenas o lucro imediato. Enquanto eles desenvolviam o automóvel ainda se abria ruas para carroças em nossas cidades. A dominação, não só deles como também de países europeus, tinha e tem este objetivo: causar uma dependência material, tecnológica e intelectual, em todos os setores das ciências. Termina por causar uma dependência e submissão financeira, em consequência. 

Exemplo dessa dominação são os chips, os computadores, os programas operacionais, os aplicativos, os satélites etc, etc. Tudo desenvolvido por eles com investimento em estudo e pesquisa. Como o governo só veio a investir nisso alguns anos atrás, ainda não progredimos o suficiente e continuamos à mercê deles, que estão a uma centena de anos à nossa frente, pelo menos em tecnologia da informática.

Cortar verbas para as Universidades é uma medida involutiva. Eu apoiaria o governo, se ele interviesse para endurecer as exigências curriculares, fiscalizando rigorosamente a formação no ensino superior, exigindo estágio dos estudantes de engenharia nas indústrias, como exemplo, com rigoroso critério de avaliação. Assim, se existir bagunça bastaria acabar com ela. E para fiscalizar, com os recursos eletrônicos de hoje, não haveria necessidade de contratar fiscais...

Fiz duas Faculdades, uma pública e outra privada, e posso dizer que não  vi ninguém sair delas bem formado; no máximo razoavelmente informado, apenas!

Exigir mais empenho e mais eficiência, sim, mas impedir ou dificultar o aprendizado, seja lá do que for, nunca! A medida não pode ser defendida como boa para o país. Para os robôs olavistas eu grito, parodiando o humorista: acorda macacada!...