Resumindo: A Rússia havia doado a Crimeia à Ucrânia durante o regime comunista, no qual todos, inclusive a Ucrânia, acreditavam na continuidade da União. Ocorre que o comunismo caiu, o sistema sócio-econômico mudou, e a Rússia ficou sem o território, que era crucial para a defesa da URSS e para seu território, inclusive da própria Ucrânia que também era comunista. Daí que, depois da queda da influência russa, e com a intenção da Ucrânia em se aliar à OTAN, a Rússia pediu a devolução da Crimeia e, claro, a Ucrânia negou e pediu ajuda da OTAN, especialmente ao seu integrante-chefe EUA. Por isso a retomada pela invasão e as ameaças à própria Ucrânia, que está querendo integrar-se à OTAN. O ingresso da Ucrânia seria uma declaração de guerra à Rússia. Aí, sim, pode ocorrer a invasão como defesa, e a guerra vai começar feio. Torçamos para eu tenha falado bobagem, mas está longe do ser humano ser humano!
sexta-feira, 21 de janeiro de 2022
CAUSA DO CONFLITO NA UCRÂNIA
quarta-feira, 27 de outubro de 2021
MADURO CHAMA BOLSO DE IMBECÍL
Deu nos jornais de hoje, 27/10/21, que o Maduro chamou o Bolso de imbecil, por ele ter dito que a vacina pode causar a Aids. Essa briguinha de fascistas (um de direita e outro de esquerda) pode gerar uma guerra. No início de 2018, pensei que as armas compradas dos EUA (450 milhões de dólares?) fossem para usar numa guerra contra a Venezuela, já fortemente abalada pelo cruel embargo econômico dos EUA e aliados. Depois foi o treinamento de tropas perto da fronteira. As ofensas mútuas podem ser o começo do confronto da extrema direita contra o socialismo latino. Se ocorrer, será um enorme retrocesso na convivência pacífica dos povos da América do Sul, e haverá perdas humanas e patrimoniais irreparáveis. Pena que os dirigentes não saibam flexibilizar os radicalismos ideológicos vinculados às correntes internacionais.
quinta-feira, 17 de junho de 2021
VOTO IMPRESSO É RETROCESSO
O TSE não encampou a ideia do voto impresso. Salvo engano, não entendo porque eles não cogitam salvar o voto em computadores dos partidos políticos, conectados no local diretamente à urna eletrônica, a qual teria apenas que ser facilmente adaptada para a transmissão dos dados aos computadores. Todos receberiam o mesmo arquivo, simultaneamente, certificado eletronicamente pelo TSE, e teriam como conferir o resultado com a totalização divulgada por aquele Tribunal Superior Eleitoral. Seria uma alternativa à impressão em papel, o que, por óbvio, causaria uma retroação à época das fraudes na contagem dos votos.
quarta-feira, 26 de maio de 2021
O MAGO INIMIGO DO BRASIL
Escrevi este texto em 2019, com raiva, por terem cortado verba para a ciência e educação, mas ele está e continuará a valer por muito tempo.
O que a América de Bannon e o seu idiota útil Olavo desejam é um Brasil com mão de obra capaz de entender o uso de seus produtos, apenas! Eles não querem que nossos engenheiros elaborem e evoluam tecnicamente. Nas décadas de 60/70 fingiram que sim, para os militares, e celebraram acordo de transferência de tecnologia etc. Vivenciei a mentira, trabalhando com engenheiros de lá. A premissa sempre foi de que o investimento em pesquisa científica não era prioritário para nós (aliás nossos empresários sempre foram cegos, pois sempre objetivaram apenas o lucro imediato) pois estudo, elaboração, projeto e execução (esta eles compartilham) é o que eles já faziam e continuariam a fazer.
sábado, 22 de maio de 2021
O DRAMA DE GAZA - HOLOCAUSTO PALESTINO
Colei da Folha de São Paulo. Um relato histórico do sofrimento dos palestinos
22.mai.2021 às 16h00
Daniel Avelar
SÃO PAULO
Para
o palestino Refaat Alareer, professor universitário em Gaza, os 11 dias seguidos de bombardeios israelenses foram
os piores da sua vida. “Quando estamos sob bombas, sentimos que é o pior dia
das nossas vidas, mas daí vem o dia seguinte e é ainda pior”, diz à Folha.
A
troca de mísseis entre Israel e o Hamas, grupo islâmico que governa Gaza,
foi interrompida na madrugada de sexta-feira (21),
após um cessar-fogo. Ao menos 243 pessoas morreram no enclave palestino, e
dezenas de milhares buscaram abrigo em escolas mantidas pela ONU.
Durante
os bombardeios, Alareer, 42, permaneceu em casa com sua mulher e as filhas de 6
e 8 anos. Ele diz que as crianças acordavam à noite “gritando e tremendo de
medo”.
Eu
vivo na cidade de Gaza, capital da Faixa de Gaza e principal alvo dos
bombardeios israelenses nas últimas semanas. A situação aqui é de devastação
total, você vê as imagens e parece que fomos atingidos por um terremoto. Nossas
escolas, ruas, delegacias e clínicas foram destruídas.
Nunca
vimos bombardeios como estes. O barulho é muito mais alto do que qualquer
tempestade que você já tenha ouvido. É ensurdecedor, amedrontador,
aterrorizante. Se um míssil cai sobre uma casa, danifica todas as casas ao
redor e faz tremer tudo a quilômetros de distância.
Não dá
para se sentir seguro em nenhum lugar em Gaza. Nem dormir conseguimos porque os
bombardeios não param nunca, e durante a madrugada fica uma loucura absoluta. Minhas
filhas acordam gritando e tremendo de medo.
Quando estamos sob bombas, sentimos que é o pior dia das nossas
vidas, mas daí vem o dia seguinte e é ainda pior.
Quando destruíram o
prédio que sediava Redações de veículos de comunicação, as
pessoas foram avisadas e tiveram 10, 15 minutos para sair dali. O governo
israelense tenta se mostrar piedoso, bondoso, mas que tipo de civilidade é essa
que destrói nossas vidas, nossas memórias, nosso sustento?
À noite naquele mesmo dia, Israel destruiu um
quarteirão inteiro com um único bombardeio, sem avisar ninguém
antes. As ambulâncias demoraram muito tempo até chegar ao local porque as ruas
que levam ao hospital haviam sido destruídas.
Nesse massacre horrível morreram 42 pessoas, sendo que 17 delas
eram da mesma família, a família Al-Kulak. Uma das sobreviventes é minha aluna
de inglês na universidade, ela está em estado crítico no hospital e ainda não
foi informada que seus dois irmãos, suas duas irmãs e sua mãe estão mortos. É
de partir o coração.
Também
morreram nesse ataque dois médicos que trabalhavam no maior hospital de Gaza,
um deles coordenava a resposta à pandemia. Assim como o Brasil, Gaza está
infestada com Covid, mas nossas clínicas de testagem e vacinação foram
bombardeadas.
Outro dia Israel destruiu um prédio em que ficava a maior
livraria de Gaza, a única que importava livros em inglês. Israel quer destruir
nossa educação, nossas artes, nossa cultura.
Nenhum país deveria estar usando mísseis contra civis. Sabemos
que Israel tem tecnologia, mas está atacando civis deliberadamente e escolhe
maximizar a destruição.
política
israelense sempre foi bastante extrema, mas agora está indo muito para a
direita. O premiê Binyamin Netanyahu é um criminoso de guerra que usa os
palestinos como moeda de troca para receber mais votos.
Agora, se você começa a contar nossa história pelos bombardeios,
você ignora o resto do que está acontecendo em Gaza. Três a cada quatro
moradores de Gaza são de famílias de refugiados expulsos de suas casas em 1948.
Estamos sob ocupação israelense desde 1967 e sob bloqueio desde 2006. Israel
controla tudo o que entra na Faixa de Gaza, e isso tem efeitos devastadores
sobre as nossas vidas.
Israel é um projeto colonial em estado constante de agressão
contra os nativos palestinos, não importa se estamos armados ou desarmados.
O racismo tem crescido contra os palestinos cidadãos de Israel,
a Cisjordânia está sendo tomada por colonos e lá não há armas ou foguetes. A
forma mais extrema dessa violência acontece em Gaza porque nos recusamos a nos
render. Não temos opção a não ser nos defender.
Nós não queremos pegar em armas, queremos que essa
ocupação acabe pacificamente. Quero poder comprar coisas e viajar com
facilidade, não quero ter que me preocupar com as minhas filhas correndo risco
de serem mortas por mísseis israelenses.
Agora que o mundo finalmente começa a ver os crimes
de Israel, vários líderes vêm dizer que a situação é complicada. Não há
equivalência moral entre um regime que recebe apoio dos EUA, da Alemanha e da
França e, do outro lado, um povo que é sitiado, brutalizado e oprimido.
Nós não confiamos na mídia convencional, pois muito
do que falamos acaba sendo editado ou censurado. Por isso, peço às pessoas que
busquem palestinos nas redes sociais e ouçam nossas histórias.
Nós vemos que há uma solidariedade incrível ao
redor do mundo. Mesmo no Brasil sabemos que há muito apoio, apesar de vocês
terem um líder maluco que nem o Trump.
O que nós pedimos é que as pessoas boicotem Israel
e pressionem seus políticos. Após muita pressão e sanções, esperamos que isto
termine, como aconteceu com o apartheid na África do Sul.
Como palestinos, acreditamos que nossa causa seja
parte de uma luta global contra o racismo. Hoje, nós nos organizamos contra a
ocupação israelense, amanhã contra o racismo e depois contra as políticas
anti-indígenas. Essa é a beleza de lutarmos juntos contra a opressão.
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quinta-feira, 6 de maio de 2021
A GUERRA CONTRA AS DROGAS
Hoje morreram mais de 23 pessoas, na guerra contra o tráfico, só numa das comunidades do Rio de Janeiro.
Tenho dito que, para obter a paz, bastaria legalizar o comércio de drogas, mantendo os pontos de venda nas comunidades. O lucro do vendedor seria investido parcialmente em benfeitorias, nelas. Os vendedores iriam ter de pagar impostos como qualquer outra microempresa. Assim, os viciados sustentariam as comunidades e o governo arrecadaria os impostos. Nada de grandes empresas quererem produzir e vender, caso algum dia a vontade política de paz prevaleça sobre os grandes interesses de manter o atual panorama, o que significaria legalização.
POLUIÇÃO x DESARMAMENTO
O discurso dos dirigentes mundiais, na última reunião sobre a questão ambiental, soaram no sentido de diminuir a poluição do ar planetário. Um dos motivos de alta poluição atmosférica, no entanto, eles nunca discutem. Ou seja, o quanto seria reduzida a emissão de gases poluentes, se eles tivessem a intenção de promover o desarmamento. A indústria bélica é uma das maiores poluentes, pois necessita de ferro e aço em enorme quantidade para produção de navios, aviões, porta-aviões, tanques, baterias etc, tudo dependente de muitas termoelétricas para os fornos na produção do ferro e aço, todos altamente poluidores. Mas esse tema eles nunca discutem...Acho que não saberiam como empregar os milhões de trabalhadores envolvidos na produção, comercialização e uso de armas. Parece impossível, mas não é! Quem sabe, ainda estarei vivo para assistir o surgimento de algum lider carismático, para comandar um movimento mundial pelo desarmamento? S.D.S.