segunda-feira, 6 de agosto de 2018

CIRO GOMES FALOU POUCO E DISSE TUDO



Até agora, o único candidato que falou o mais importante, atacando o cerne da questão, foi o Ciro Gomes, quando disse que a agiotagem oficial tem de ser combatida. Bravo!

Venho dizendo que não há como destinar metade de nossa arrecadação para pagar parcelas da dívida pública, esta composta em sua maior parte por juros, pois amortizada acho que já o foi há muito tempo.

Há que se fazer uma revisão do cálculo da dívida, aplicando-se juros simples, e não compostos, que é onde reside a usura, até há pouco tempo proibida pela Constituição, que foi violentada por uma Medida Provisória, de 2001 (MP nº 2.170-36) editada pelo governo do Partido Servil dos Banqueiros (PSDB) e, surpreendentemente, recepcionada pela Constituição através da  Emenda Constitucional nº 32:


EMC 32, de 11/09/2001;
 Art. 2º : As medidas provisórias editadas em data anterior à da publicação desta emenda continuam em vigor até que medida provisória ulterior as revogue explicitamente ou até deliberação definitiva do Congresso Nacional

Como não houve nenhuma medida provisória que a revogasse e nem houve deliberação definitiva do Congresso Nacional, o absurdo, que deve ter sido comprado pelos banqueiros, distribuindo benesses aos bandidos que eram (ou ainda são)  maioria do Congresso, continua em vigor, não tendo o Lula nem a Dilma a coragem de, pelo menos, tentar acabar com a roubalheira.

Esse anatocismo, imposto pelos financistas, através da Tabela Price (um mau uso da matemática financeira), constitui-se na causa da crise mundial, afetando Grécia, Itália, Portugal, Brasil, Nicarágua, França etc, todos endividados e que estão sendo forçados, pelo FMI, a editar medidas antipopulares para o pagamento de suas dívidas. Sempre exigem a diminuição dos gastos (Ajuste Fiscal), mas nunca ninguém fala em diminuir os juros (Ajuste da Dívida).

Em processos judiciais, os defensores dos banqueiros, alegam que é assim no mundo todo e, se for proibido o anatocismo, então a taxa de juros nominal terá de subir para se igualar à taxa efetiva, que é cobrada em seus empréstimos. Uma ameaça com forma de patifaria! Trata-se mesmo de sugar as economias das nações, concentrando riquezas cada vez maiores no grupo seleto dos reis da Terra.  E os nossos submissos governantes, legisladores e juízes nem estão aí...Falta mesmo coragem!

Na minha opinião, Dilma assinou sua sentença de impeachment, quando não pagou aos credores banqueiros a parcela de dezembro de 2014, dando prioridade aos programas sociais.

Somente pessoas corajosas, valentes, poderão se juntar para combater esse fluxo ilegítimo de capital (embora legalizado), que se contêm nos pagamentos das parcelas. Tem de começar pela apresentação de propostas na ONU. E aqui, fazer o que é preciso fazer.

Quando Lula assumiu, o Partido Servil não estava honrando o pagamento aos credores. Pensei que ele fosse fazer o mesmo que o Nestor Kitchner fez na Argentina, mas, ao invés, não combateu a roubalheira. De certa forma ele fez certo, já que os credores não ferraram com a Argentina porque o Nestor era do mesmo grupo étnico (a maioria dos credores), que se ajuda, como é notório. Mas se  Lula o fizesse, ele talvez fosse deposto, e/ou não conseguiria aprovar e executar os programas sociais. Então, agiu como costumeiramente sempre se fez,  submetendo-se  às imposições do FMI, que, a longo prazo, deu no que está dando.

Então estou nessa luta, injuriado com a esquerda bucéfala ou oligofrênica, que se divide num momento de união, união com as forças honestas que querem consertar o Brasil, e eu acho que o líder para isso no momento seria o Ciro, desde que aprenda a conter as suas emoções.

Nem o Lula seria melhor, pois a extrema  direita iria causar um enorme tumulto no país, mas no Ciro a batida seria muito menos agressiva, e o governo seria forte para poder ajustar a economia e a dívida.




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