Até agora, o único candidato que falou o mais importante, atacando o
cerne da questão, foi o Ciro Gomes, quando disse que a agiotagem oficial tem de ser combatida. Bravo!
Venho dizendo que não há como destinar metade de nossa
arrecadação para pagar parcelas da dívida pública, esta composta em sua maior
parte por juros, pois amortizada acho que já o foi há muito tempo.
Há que se fazer uma revisão do cálculo da dívida, aplicando-se
juros simples, e não compostos, que é onde reside a usura, até há pouco tempo
proibida pela Constituição, que foi violentada por uma Medida Provisória, de 2001 (MP
nº 2.170-36) editada pelo governo do Partido
Servil dos Banqueiros (PSDB) e, surpreendentemente, recepcionada
pela Constituição através da Emenda
Constitucional nº 32:
EMC 32, de 11/09/2001;
Art. 2º : As medidas
provisórias editadas em data anterior à da publicação desta emenda continuam em
vigor até que medida provisória ulterior as revogue explicitamente ou até
deliberação definitiva do Congresso Nacional
Como não houve nenhuma medida provisória que a revogasse e
nem houve deliberação definitiva do Congresso Nacional, o absurdo, que deve ter
sido comprado pelos banqueiros, distribuindo benesses aos bandidos que eram (ou
ainda são) maioria do Congresso,
continua em vigor, não tendo o Lula nem a Dilma a coragem de, pelo menos,
tentar acabar com a roubalheira.
Esse anatocismo, imposto pelos financistas, através da Tabela
Price (um mau uso da matemática financeira), constitui-se na causa da crise
mundial, afetando Grécia, Itália, Portugal, Brasil, Nicarágua, França etc, todos
endividados e que estão sendo forçados, pelo FMI, a editar medidas
antipopulares para o pagamento de suas dívidas. Sempre exigem a diminuição dos gastos (Ajuste Fiscal), mas nunca ninguém fala em diminuir os juros (Ajuste da Dívida).
Em processos judiciais, os defensores dos banqueiros, alegam
que é assim no mundo todo e, se for proibido o anatocismo, então a taxa de
juros nominal terá de subir para se igualar à taxa efetiva, que é cobrada em
seus empréstimos. Uma ameaça com forma de patifaria! Trata-se mesmo de sugar as
economias das nações, concentrando riquezas cada vez maiores no grupo seleto dos
reis da Terra. E os nossos submissos
governantes, legisladores e juízes nem estão aí...Falta mesmo coragem!
Na minha opinião, Dilma assinou sua sentença de impeachment,
quando não pagou aos credores banqueiros a parcela de dezembro de 2014, dando
prioridade aos programas sociais.
Somente pessoas corajosas, valentes, poderão se juntar para
combater esse fluxo ilegítimo de capital (embora legalizado), que se contêm nos
pagamentos das parcelas. Tem de começar pela apresentação de propostas na ONU.
E aqui, fazer o que é preciso fazer.
Quando Lula assumiu, o Partido Servil não estava honrando o
pagamento aos credores. Pensei que ele fosse fazer o mesmo que o Nestor
Kitchner fez na Argentina, mas, ao invés, não combateu a roubalheira. De certa
forma ele fez certo, já que os credores não ferraram com a Argentina porque o
Nestor era do mesmo grupo étnico (a maioria dos credores), que se ajuda, como é notório. Mas se Lula o fizesse, ele talvez fosse deposto, e/ou
não conseguiria aprovar e executar os programas sociais. Então, agiu como costumeiramente
sempre se fez, submetendo-se às imposições do FMI, que, a longo prazo, deu
no que está dando.
Então estou nessa luta, injuriado com a esquerda bucéfala ou oligofrênica,
que se divide num momento de união, união com as forças honestas que querem
consertar o Brasil, e eu acho que o líder para isso no momento seria o Ciro,
desde que aprenda a conter as suas emoções.
Nem o Lula seria
melhor, pois a extrema direita iria
causar um enorme tumulto no país, mas no Ciro a batida seria muito menos
agressiva, e o governo seria forte para poder ajustar a economia e a dívida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário