sábado, 18 de agosto de 2018

A SOLUÇÃO TALVEZ SEJA O CIRO GOMES

Vi o debate na Rede TV. Fiquei impressionado como os políticos enrolam o povo com respostas vagas e imprecisas que, com toda a certeza, eles mesmos não sabem como farão o que dizem. Alckmin omitiu-se em responder se distribuirá cargos para os seus aliados do Centrão, esse saco de gatos malandros à procura de sinecuras; se se omitiu é porque a patifaria da venda de votos no Congresso e cobrança de propina nos Órgãos Públicos e Estatais vai continuar e nada mudará. O mesmo seria com o Meireles, que com a sua competente equipe, segundo ele, foi o articulador dessa atual política de promessa de retomada, mas que não está funcionando. Sem chance de mudar alguma coisa, até porque ele foi presidente do Banco de Boston (?), um dos maiores credores do Brasil e nada faria para ajustar a dívida; tanto para ele como para Alckmin, o que interessa são as privatizações das estatais e as reformas trabalhistas e previdenciárias que o FMI mandou fazer, não só aqui como nos demais países endividados mundo afora. O Bolsonaro sempre muito evasivo e sem nenhuma ideia de impacto que se harmonizasse com o seu desejo de mudança; acho que seria um desastre para a paz no Brasil. Álvaro Dias alinhado com as mesmas ideias de Alckmin e Meireles; certamente vão se compor em um eventual segundo turno. Marina brilhou como defensora das mulheres, do meio ambiente e dos injustiçados no campo, mas, a meu ver, seria uma ótima Ministra de um governo do povo, para o povo e pelo povo. O Guilherme Boulos provavelmente será um candidato fortíssimo e vencedor nas eleições de 2022, devido às suas boas metas e oratória. O Cabo deveria permanecer em sua igreja, como exemplo de fé para seus seguidores. 
Para mim sobrou o Ciro, cujas ideias foram bem apresentadas e puderam delinear o que será o seu governo, atacando os juros, desfazendo esse danoso compromisso firmado nos governos passados, inclusive no do Lula, de usar a metade da nossa receita total bruta para pagamento do principal e dos juros da dívida pública. Deixou implícito, portanto, que desejará renegociar a dívida (tudo conforme venho gritando aqui e no meu bloghobby). Isso só ele falou, como bom brasileiro que é, de uma maneira explícita e pela primeira vez, com a sua aguda percepção de que não poderá haver só o Ajude Fiscal (com o sacrifício da saúde, educação, aposentados e trabalhadores) sem haver também o Ajuste da Dívida. Este será fundamental para consertar as finanças e a economia, e, por isso, votarei nele, salvo se ele não mantiver esta intenção até o dia das eleições; tem de repeti-la em outros debates, para o povo entender que é o caminho mais sensato, rápido e honrado para o Brasil sair desta ratoeira, na qual foi metido pelos credores espertalhões que sugam nossas economias minuto a minuto. 
Eu festejaria ainda mais se ele incluísse também a promessa de implementar o imposto sobre as grandes fortunas. Até hoje, só escutei a Luciana Genro (nas eleições de 2014) defender essa imposição aos bilionários brasileiros, com 5% sobre o que exceder de 50 milhões (cinco ou seis ricos detêm a maior parte do dinheiro brasileiro, com bilhões depositados aqui e no exterior), mensal, ou trimestral, ou semestral ou anualmente, de acordo com o crescimento de suas fortunas. Com esse dinheiro, poderiam ser gerados milhares de empregos, construídos hospitais, escolas, moradias com áreas para plantio etc, no interior, estimulando a ida para lá de boa parte das comunidades dos grandes centros e, assim, os ricos devolveriam o excesso do dinheiro que ganharam às custas do empobrecimento da maioria da população.
Não se manifestou taxativamente sobre a questão das drogas, mas ele seria o meu candidato completo se acolhesse a ideia de legalização do comércio e uso de todas as drogas, transformando o traficante em comerciante legalizado, que passaria a pagar impostos, com reversão de uma parcela do lucro para benfeitorias nas comunidades, para isso mantendo nelas os mesmos atuais pontos de venda. Claro que o usuário de drogas ficaria sujeito às mesmas leis que punem os excessos do embriagado, que também fica drogado e muito mais inconsciente e perigoso. Aliás, não leio nada dizendo que alguém tenha atropelado um monte de gente por estar drogado, por exemplo, com maconha ou outra substância. Só leio sobre 
atropelamentos causados pelo álcool. Repito a pergunta da Cristiane Torloni, em entrevista de 37 anos atrás: por que a bebida alcoólica pode e outras drogas não podem? Ciro, pense nisso, pois a repressão ao tráfico nunca deu certo, em lugar nenhum do mundo. Alguns países, mais evoluídos, já concluíram que a liberação será o caminho mais rápido para a obtenção da paz. Sigamos os exemplos. Coragem! 
Chega de imposições dos credores, ouviu Sr. Meireles, Álvaro Dias, Alckmin, Bolsonaro etc?! Mudem essas cabeças entreguistas e conformistas e sejam mais brasileiros, ao invés de se comportarem como agentes dos ricos, fingindo que irão mudar alguma coisa, mas que no fundo sabem que nada poderão fazer, sem confrontá-los. E nada mudará para melhor, com um dos senhores lá. Certeza mesmo, é que o trabalhador ficará mais vulnerável à exploração das empresas e que os celetistas aposentados pelo INSS serão ainda mais sacrificados. Certeza mesmo é que venderão as empresas estatais de petróleo e eletricidade, dando um novo prejuízo “à la Collor e FHC” ao povo brasileiro, que pagou caro pela montagem da Petrobras e da Eletrobras, vindo agora esses entreguistas, maus brasileiros como está sendo esse Temer querendo vender tudo o que se conquistou num passado recente, e até nossas reservas naturais, inclusive petrolíferas. Infelizmente temos uma maioria boba e inocente do povo, cuja adesão a essas famigeradas ideias decorrem da propaganda política, sustentada pelo dinheiro dos ricos, que, com o auxílio da grande mídia, comparsa e entreguista, difundem as promessas hipócritas de melhoria disso e daquilo , fazendo acreditar e apoiar esses candidatos que nada têm na cabeça senão a subserviência ao capital.

Fauzi Salmem
fsalmem@mls.com.br
 

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