sábado, 18 de agosto de 2018

RACISMO EM ISRAEL


Pois é, quando é comentado por alguém, os sionistas o chamam logo de nazista, antissemita etc. Vamos aguardar o adjetivo que usarão para esta iluminada israelense (pena que não consegui colar a sua foto), que concluiu, assim como outros judeus mais sensatos, que Israel é um Estado racista, belicista, fabricante e exportador de armas, e que não representa a minoria da qual ela faz parte. Acho que sem intervenção armada da ONU, para fazer Israel cumprir a lei internacional, não haverá solução. Pacificamente, no entanto, atingir a maioria de judeus que pensem como ela está num futuro tão longe e incerto, que não estarei vivo para ver o radicalismo dos sionistas ser vencido pelos judeus moderados, os quais reconhecem o direito dos palestinos. Está tão longe, que quando atingir a maioria não mais haverá palestinos vivos, se continuar o ritmo do seu holocausto ou genocídio.
Temos um Estado com políticas racistas’, diz ativista israelense
Coordenadora de grupos de boicote, Sahar Vardi defende ação internacional para dar fim à ocupação de territórios palestinos
POR FELIPE BENJAMIN
11/08/2018 4:30
RIO — Filha de um professor universitário que se recusou a servir no Exército israelense durante a Primeira Intifada (1987-1991), Sahar Vardi se acostumou, ainda na adolescência, a conviver com a repressão dos soldados e a condenação de seus vizinhos. Participando de protestos contra a ocupação dos territórios palestinos desde os 14 anos, Sahar — que visitou o Brasil e se encontrou com ativistas durante a semana passada — seguiu o exemplo do pai e, ao deixar a escola, também se recusou a servir e passou cinco meses em uma prisão militar, o que descreve como “um lugar interessante para entender as diferenças da sociedade israelense”.
— Comecei a atuar como ativista durante a Segunda Intifada (2000-2005) e, ironicamente, acho que foi mais fácil desenvolver minhas opiniões políticas naquele ambiente — diz a ativista. — Fui detida por me recusar a servir no Exército enquanto muitos de meus colegas de escola estavam servindo. Se um amigo te diz “o que você vai fazer é tão imoral que eu prefiro ir pra cadeia a ter que passar por isso”, há uma reflexão que te leva a pensar em coisas que normalmente a sociedade israelense não te leva a considerar.
Ativista da comunidade LGBT, Sahar, de 27 anos, atua como coordenadora do American Friends Service Committee (AFSC) em Jerusalém e no movimento Boycott from Within (Boicote Interno), associação de árabes e israelenses que apoia o movimento internacional de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) contra Israel, que mira empresas com presença nos territórios ocupados.
— Minha área de atuação tem dois aspectos: o primeiro é a mobilização da juventude próxima à idade de convocação militar, discutindo as consequências sobre palestinos, mulheres e trabalhadores. O outro é o econômico. Hoje, Israel abriga uma indústria bélica gigante que se baseia nas armas usadas contra os palestinos, e vendidas inclusive para o Brasil. O que tentamos é fazer com que as pessoas percebam essas conexões e aumentem a solidariedade entre diferentes movimentos ao redor do mundo.
Para Sahar, o trabalho de base e as mobilizações populares são o caminho para dar fim à ocupação nos territórios palestinos.
— É importante buscar mecanismos alternativos, como por exemplo o boicote às empresas que fabricam o cimento a ser usado na construção dos novos assentamentos, que podem se ver obrigadas a desistir de contratos — afirma a ativista. — É claro que isso, por si só, não vai mudar a posição do governo israelense, mas é assim que se constrói um movimento, e há um grande papel para judeus brasileiros em atividades como essas.
Crítica da recente lei de Estado-nação, aprovada em julho, Sahar diz que discussões sobre uma solução política para o conflito não progredirão até que o governo israelense desenvolva a vontade política necessária para dar fim ao problema.
— Existem milhões de soluções para o conflito político, mas no momento temos que criar um cenário no qual o governo tenha interesse em solucionar a questão — afirma. — Por enquanto, o que temos é um Estado com políticas racistas e um governo que não representa nada além de si mesmo.


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